Lula e Menezes também se juntam ao presidente da Colômbia Gustavo Petro, para a inauguração do Pavilhão do Brasil – espaço com 3.600m² e que apresentará a produção literária, cultural e artística brasileira
A Feira Internacional do Livro de Bobotá (FILBo) inicia nesta quarta (17) sua 36ª edição. Tendo o Brasil como país convidado de honra, o evento contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que inauguram – ao lado do presidente da Colômbia, Gustavo Petro – o pavilhão brasileiro.
Com 3.600m², o espaço foi desenvolvido pelas agências Farm House of Creativity e Prado e sua abertura marca o início das festividades e do intercâmbio cultural entre os dois países.
A iniciativa está sendo realizada pelo Instituto Guimarães Rosa, integrante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em coordenação com o Ministério da Cultura, e contra com os patrocínios de Banco do Brasil, Petrobras, Correios, Caixa, co-patrocínio do BNDES, apoios da Apex Brasil e Câmara Brasileira do Livro (CBL).
As participações dos presidentes e a presença de diversos ministros brasileiros reforçam a importância da feira para as relações culturais e comerciais entre o Brasil e a Colômbia. O Pavilhão Brasileiro na FILBo oferece uma imersão nos diversos biomas do Brasil e celebra sua diversidade cultural, com especial destaque para a Amazônia, que também é parte do território colombiano. (Confira todos os detalhes abaixo)
O espaço contará com exposições variadas, homenagens a escritores contemporâneos brasileiros, exibições de conteúdo audiovisual e uma série de oficinas.
A expectativa é de que o Pavilhão Brasileiro, um dos mais visitados da feira, atraia cerca de 50 mil pessoas por dia, contribuindo significativamente para o total de mais de 600 mil visitantes esperados durante o evento.
De acordo com o Ministro Marco Antonio Nakata, diretor do Instituto Guimarães Rosa do Ministério das Relações Exteriores, “é uma grande oportunidade para o Brasil ser novamente convidado de honra da FILBo, uma vez que esse reiterado reconhecimento destaca a relevância da literatura brasileira no contexto sul-americano. Essa homenagem, que acontece um mês depois de o Brasil ser convidado de honra da Feira Internacional do Livro de Havana e três meses antes de o Brasil ser o país homenageado na Feira Internacional do Livro de La Paz, expressa o crescente interesse e reconhecimento internacional pela riqueza e pela diversidade da cultura e literatura brasileiras”.
Nesta terça (16), a Câmara Brasileira do Livro também anunciou a Colômbia como país convidado de honra da Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2024.
Participação de autores e programação literária espelham a diversidade do Brasil
A delegação brasileira inclui aproximadamente 25 autores representando uma variedade de gêneros, incluindo romances, não ficção, quadrinhos e literatura infantojuvenil. Entre os destaques estão Ailton Krenak, Luciany Aparecida, Marcello Quintanilha, Eliane Potiguara, Bernardo Carvalho, Daiara Tukano e Jefferson Costa.
Os autores participarão ativamente de debates e sessões culturais que exploram a relevância da literatura brasileira no cenário internacional, com ênfase especial em sua interação com a temática da feira deste ano: “Leia a Natureza”.
Além dos autores, 12 empresas brasileiras irão expor as suas novidades no pavilhão brasileiro.
As empresas selecionadas são: Jujuba, FUNCAMP, Pingo de Luz, Ateliê da Escrita, Global Editora, Mil Caramiolas, Solisluna, Panda Books, Mais Ativos, ÔZé Editora, Callis e a Companhia das Letras. A delegação será composta, também, por Sevani Matos, presidente da CBL; Fernanda Garcia, diretora-executiva da câmara; Rayanna Pereira, coordenadora do projeto de internacionalização, e Ana Claudia Paiva, analista de relações internacionais do Brazilian Publishers.
As informações completas, contemplando todos os escritores participantes e programação do Pavilhão Brasileiro, estão disponíveis no site da FILBo.
Detalhes sobre o pavilhão do Brasil
O Pavilhão Brasileiro na 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá é uma celebração dos diversos e ricos biomas do Brasil. O design do espaço foi planejado para refletir a complexidade e a beleza de cada bioma brasileiro, utilizando materiais sustentáveis e técnicas de design inovadoras.
Na entrada principal, a área dedicada à Amazônia é o centro do Pavilhão, destacando a importância deste vasto bioma que o Brasil compartilha com a Colômbia. Esta seção utiliza projeções audiovisuais para recriar a densidade e a biodiversidade da floresta, completas com sons ambiente reais. Uma instalação de realidade aumentada permite aos visitantes interagir com a fauna e a flora locais, proporcionando uma experiência rica e educativa.
O Cerrado é representado através de elementos visuais e texturais que simulam suas vastas savanas e chapadas. Exposições fotográficas e painéis informativos nesta área destacam a flora e fauna únicas do bioma, além de discutir questões de conservação pertinentes. Já para o Pantanal, o espaço apresenta uma área que se concentra tanto no ecossistema aquático quanto no terrestre, com grandes telas que exibem a vida selvagem e as paisagens inundadas característica deste bioma. Uma maquete interativa demonstra como a água regula a vida no Pantanal ao longo das estações, oferecendo insights sobre este ecossistema único.
A Mata Atlântica é densamente decorada com réplicas de árvores e plantas típicas, onde os visitantes podem aprender sobre a biodiversidade e os desafios de conservação deste bioma. Oficinas educativas sobre a utilização sustentável dos recursos da Mata Atlântica são oferecidas para engajar os visitantes de maneira prática e informativa. Enquanto o Pampa é retratado com um layout que imita os campos abertos do sul do Brasil, incluindo instalações artísticas que representam a vida rural e a cultura gaúcha, complementadas por apresentações ao vivo de música tradicional e dança.
Finalmente, a Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro, é representada em uma área que utiliza cores terrosas e vegetação resistente para ilustrar a adaptabilidade da vida em condições áridas. Esta seção destaca as estratégias de sobrevivência das espécies que habitam este ambiente severo, proporcionando uma compreensão aprofundada das adaptações necessárias para a vida na Caatinga.
O Pavilhão também conta com exposições de arte, com obras de artistas brasileiros que utilizam materiais naturais e técnicas que refletem a consciência ambiental. Além disso, há uma programação de palestras e debates que reúnem autores, cientistas e ambientalistas para discutir a intersecção entre cultura, literatura e preservação ambiental, oficinas de histórias em quadrinhos complementadas por uma variedade de outras oficinas culturais que vão desde literatura até samba e capoeira, proporcionando uma rica experiência cultural brasileira.
Fonte: PublishNews