Evento de projeção nacional, a Flipiri chega à 13ª edição, com palestras, shows, peças teatrais, debates e muito mais
O prazer da leitura, a descoberta de novos mundos e a aventura do conhecimento inspiram mais uma edição da Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri) Entre 6 e 9 de dezembro são esperadas cerca de 5 mil pessoas para desfrutar de uma programação estimulante composta por palestras, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, encontros com escritores, apresentações musicais e teatrais, debates, exposição, caminhada poética, livraria, saraus, oficinas e encontro de ilustradores. Tudo isso em meio a encantadora cidade goiana, tombada pelo Iphan como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
“A Flipiri se consolida como um tradicional destino literário do país, sediada em Goiás, estado que contribuiu para o rol de grandes escritores brasileiros como Bernardo Élis, Cora Coralina e José J. Veiga, todos já celebrados em edições passadas. Estamos felizes com o caminho que trilhamos, pois, ao mesmo tempo em que alcançamos relevância nacional, mantemos o compromisso com a comunidade local, sobretudo a educacional”, explica Iris Borges, escritora, idealizadora, coordenadora- geral da Flipiri e vice-presidente do Instituto Cultural Casa de Autores (DF).
Chama a atenção a capacidade de o evento convergir abrangência com valorização de suas origens, o que se destaca tanto na reflexão suscitada pelo tema “Os Vários Brasis–As Belas Faces de um Povo”, como na instituição homenageada, a Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música — Aplam.
Como reflete o jornalista Maurício Melo Júnior, curador literário do evento e presidente do Instituto Cultural Casa de Autores, “vivemos num país continental, com incontáveis falares, mas nos entendemos como povo unificado pela língua e pelos sentimentos. Somos a mistura de portugueses, africanos e povos originários, as ‘três raças muito tristes’, segundo Vinícius de Morais. Mas desse advento de tristeza construímos celeiros de felicidades, o que está dito em nossa trajetória literária. Somos um único povo, uma única raça. Este é o lema, a convivência pacífica e fraterna entre irmãos que a Flipiri de 2023 quer difundir”.