Edição do concurso literário foi marcada por ausência de autores da Companhia das Letras
Os vencedores do 16º Prêmio São Paulo de Literatura foram anunciados na noite desta segunda-feira (27) em cerimônia na Biblioteca do Parque Villa-Lobos, em São Paulo. A paulista Mariana Salomão Carrara levou o troféu de Melhor Romance de 2022 por “Se não fossem as sílabas do sábado” (Todavia), livro que tematiza o luto. Na categoria, também concorriam autores como Xico Sá (“A falta”, Planeta), Ieda Magri (“Um crime Bárbaro”, Autêntica Contemporânea) e Paula Fábrio (“Estudo sobre o fim: bangue-bangue à paulista”, Reformatório).
Já o prêmio de Melhor Romance de Estreia de 2022 foi para o paranaense Alexandre Alliatti, autor de “Tinta branca” (Patuá), obra que se passa no interior gaúcho e aborda questões como o racismo. Alliatti disputou com autores como Helena Machado (“Memória de ninguém”, Nós), Leonardo Piana (“Sismógrafo”, Macondo) e Taiane Santi Martins (“Mikaia”, Record).
Além do troféu, os ganhadores receberão R$ 200 mil cada um. O Prêmio São Paulo de Literatura é promovido pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo.
Sem Companhia das Letras
Este ano, nenhum autor da Companhia das Letras, maior editora do país, figurou entre os indicados. Devido a um “erro interno”, a editora não enviou exemplares dos livros à Secretaria de Cultura, como exigia o regulamento. Consequentemente, todas as inscrições de autores da casa foram inabilitadas e nomes como Sérgio Rodrigues, Ruy Castro e Geovani Martins não puderam concorrer.
A Companhia das Letras, por sua vez, dividiu R$ 200 mil (o valor do prêmio) entre todos os 28 autores impedidos de disputar o troféu literário.